chegou a hora.

Decidiu mudar, fez o que tinha que fazer, um ano acabou, outro começou, tudo mudou e parece que para melhor. E no meio disso tudo, surge a tão esperada entrevista de emprego.

Muita euforia e ansiedade, mas tenha calma – você precisa analisar bem o cenário que se apresenta.

Não necessariamente esse convite é interessante para você. Pode ser para uma empresa ou outra área com uma imagem ruim, ou que exija de você horários incompatíveis com sua rotina ou até mesmo que novos gastos não compensem o aumento salarial proposto. Muitas vezes as informações sobre o novo gestor sejam negativas e talvez não seja interessante realizar a mudança agora. Analise tudo e (novamente) com calma.

É importante destacar que ter calma não é ser lento. Você provavelmente tem prazos para responder sobre seu interesse e isso também precisa ser bem observado.

Considerando que há interesse em participar do processo, chegou a hora dos estudos. Sim, você tem um dever de casa e quanto mais se dedicar, melhores serão suas chances. Você precisa buscar informações sobre a nova área ou nova empresa. Tem que saber como é a imagem da empresa, onde ela fica, como são os acessos, trânsito, benefícios, tipo de administração, resultados recentes e tudo mais que conseguir, seja através da internet, no site da empresa, das pessoas conhecidas que trabalham lá etc. Vale até buscar sites de reclamação e ranking de órgãos de defesa do consumidor para entender a situação da empresa.

Se possível, passe pela empresa ou área, veja como as pessoas saem do prédio, como se relacionam, como se vestem (pode haver um código de vestimenta) e sinta o clima. Isso pode ser um fator importante na sua decisão.

E vai chegando a hora da entrevista. Nesse momento você já tem mais informações do seu pretenso empregador e estará pronto para uma conversa sobre os negócios da nova área ou empresa.

Agora é a hora de estudar você. Revisar suas experiências profissionais, seus cases de sucesso e também suas ações que não foram bem sucedidas e respectivos aprendizados. Pense no que cada uma dessas vivências profissionais agregou no seu dia-a-dia, tornando você um profissional melhor. Pense como suas habilidades e competências podem fazer diferença para quem está pensando em contratá-lo. Também mantenha-se atualizado sobre os últimos acontecimentos no Brasil e no mundo. Assista telejornais, leia jornais (disponíveis na internet e sem custo) para que possa comentar (mesmo que superficialmente) sobre algumas manchetes.

Uma dica que facilita muito esse processo é fazer uma redação sobre sua trajetória. Escreva algo como um discurso, começando por sua apresentação pessoal (tantos anos, solteiro/casado, tantos filhos, onde mora etc) e depois, onde começou sua carreira, como foi seu progresso, seus destaques e aprendizados em cada uma das experiências. Leia, releia, altere, ajuste, melhore, simplifique, objetive, dê maior destaque – faça quantas alterações forem necessárias até que fique satisfeito. E leia (talvez de frente para o espelho) muitas vezes até que mentalize uma ordem cronológica. Note que a idéia aqui não é que você decore nada. DECORAR NUNCA! É apenas oferecer a você maior articulação na fala, na organização das idéias, não deixando passar pontos importantes que seriam de grande valia na hora de se apresentar.

Isto feito, sugiro que agora prepare um cartão, com tópicos (por exemplo: apresentação, experiência 1 onde comecei e aprendi tal coisa, experiência 2 onde me destaquei por tal coisa, etc). Esse você utilizará na véspera, para recapitular seu discurso. Você já tem sua trajetória organizada e os pontos apenas servirão de referência. Afinal, na hora H, não terá roteiro, cartão ou dica. Será você apresentando suas características e competências.

Como a entrevista depende muito do ritmo do entrevistador, você precisará encaixar seu discurso às  falas dele. Imagine que o entrevistador diga algo como “Fale-me um pouco de você e de sua trajetória profissional até aqui” – perfeito, é só dizer o que você já organizou em sua mente. Mas e se ele pedir para se apresentar primeiro, falar um pouco de quem você é, o que faz nas horas livres? Simples. Use apenas a primeira parte e espere a nova pergunta.

Lembre-se que você não inventou nada, apenas se preparou para deixar as idéias bem organizadas e com uma cronologia agradável e adequada ao novo objetivo.

Outro ponto importante é que não existe fórmula mágica. Cada processo é único. E em cada um deles ganhamos mais força e preparo para os próximos.

Por fim, escolha uma roupa adequada e vá com entusiasmo. Transmita sua vontade de fazer parte daquele time. Mostre brilho nos olhos. Explique como pretende contribuir para alavancar os resultados. E o mais importante: esteja, de corpo e alma na entrevista. Foque naquele momento.

Ah, você já sabe, mas não custa lembrar, desligue seu celular. Desligue! Não coloque no mute, pois até a vibração poderá desconcentrá-lo.

Bons estudos, ótima entrevista e aproveite as oportunidades !!!!  

chegou a hora_final

 

procuro gestores da alegria

Procuro profissional com a habilidade e a competência do bom humor. Necessário comprovar experiência. Será considerado diferencial profissional que pratique alegria fora do ambiente corporativo.

Esse é um tipo de anúncio que não se encontra nos classificados e infelizmente também não se busca essa característica nas seleção de candidatos.

Ainda pior é que muitos lideres desconhecem ou simplesmente não praticam o bom humor. Não sabem sorrir.

Impressionante como as pessoas acreditam que realizar um trabalho sério é antônimo de bom humor. É exatamente o contrário. Num ambiente de trabalho onde as pessoas podem ser naturais, podem rir, podem fazer graça de suas rotinas, tudo flui com mais tranqüilidade.

Um ambiente assim permite que as pessoas sejam mais confiantes, arrisquem mais e por conseqüência, entreguem mais e com qualidade superior.

Sempre tive essa crença e nesses dias, refletindo sobre o trabalho dos Doutores da Alegria, que distribuem sorrisos aos doentes nos hospitais, sacramentei minha tese.

Se o ambiente de trabalho não for alegre, teremos um ambiente doente e com isso, mais ausências, mais problemas, menos soluções e poucas e deficientes entregas.

Então, se para ambientes doentes temos os Doutores da Alegria, nos ambientes corporativos, precisamos dos Gestores da Alegria.

Aproveitando o momento de organização das rotinas, algumas sugestões: Na sua próxima reunião de equipe, seja pontual, mostrando respeito pelos participantes. Na delegação de tarefas, explique a demanda, deixando claro o objetivo, prazos e necessidades. Na hipótese de uma advertência, seja preciso, mencione o que faltou, os impactos da falha e quais providências são esperadas.

Nos feedbacks, fale de fatos e não de impressões ou percepções e não esqueça que o processo de feedback é uma via de mão dupla. Precisamos falar e precisamos ouvir. Mais importante é se certificar de que foi compreendido. A responsabilidade de se fazer entender é de quem fala.

Agora, sorria e divirta-se com sua equipe, pares e superiores. Seja espontâneo. Participe das conversas do cafezinho. Interaja!

E prepare-se para começar a comemorar as conquistas de seu grupo, pois aumentarão consideravelmente.

E como já diz a velha placa espalhada pelos corredores e elevadores: “Sorria! Você está sendo filmado!”.