Dia desses assisti a uma palestra. Tinha muito interesse no assunto, o palestrante dominava bem a questão e conseguia passar o conteúdo de uma forma bem agradável.
Ocorre que passado algum tempo do início da palestra percebi que ele cometia diversos erros de português e passei a quase que contar todas as falhas que ele pronunciava.
Não pense que sou nenhum mestre da Língua Portuguesa, mas no que se apresentava, conseguia identificar com facilidade.
A palestra acabou e conversando com algumas pessoas sobre o tema abordado é que me dei conta de que não tinha aproveitado nada. Todos muito entusiasmados com as falas do palestrante e eu, só tinha para refletir, os erros.
Foi então que me dei conta de que estava focando apenas os erros e estava perdendo o melhor: a experiência do apresentador. Fui àquela palestra para aprender mais sobre determinado assunto e não sobre gramática.
De que me serviu essa minha postura? Para sair pensando que falo português melhor que ele ou que ele conseguiu ofender a gramática 17 vezes em duas horas? E quanto ao tema que perdi quase que por completo?
Lamentável, mas aprendi a lição de que precisamos saber onde colocar o foco. O que pretendemos de cada experiência nossa. Muitas vezes grandes lições estão com pessoas que não acreditamos ou até mesmo que não toleramos.
Não podemos rotular as pessoas. Mesmo pessoas chatas, prolixas, arrogantes podem nos passar experiências fantásticas. A nós, resta separar o que interessa e o que não nos interessa naquele momento.
Vale destacar aqui o “naquele momento”. Pois evoluímos, mudamos, alteramos nossa forma de pensar e o que valia ontem, já não vale mais hoje e o que ontem não fazia sentido, hoje é a grande chave do sucesso.
Foco! Você precisa saber o que quer e quando quer. A partir daí, é aproveitar ao máximo cada oportunidade, cada experiência.