DESMOTIVEI, E AGORA? 4 DICAS PARA SE RECUPERAR

Desmotivei. E agora

E de repente você acorda e se percebe perdido, desanimado e sem saída.

Não que as coisas estivessem boas e tranquilas, mas parece que da noite para o dia tudo piorou.

Não, talvez não. As coisas já estavam complicadas e você veio suportando até agora. E o que mudou? É que suas forças parecem ter desaparecido. Como se a bateria tivesse acabado.

Nessa condição, qualquer coisa vira um monstro em sua cabeça, onde se correr o bicho pega e se ficar, o bicho come.

Você pede ajuda e o que escuta são críticas ou conselhos que parecem inúteis. Soa como se todos conhecessem a fórmula para resolver seu problema. É isso, eles têm a chave. O único detalhe é que essa chave não serve na sua fechadura.

Opa! A coisa está complicada não é mesmo?

Veja algumas dicas que podem te auxiliar nesse momento.

1 – MUDE O PERSONAGEM

Imagine que alguém está te contando essa história. Que alguém te procurou para pedir ajuda de como resolver aquela situação.

O que você diria para ela? Como analisaria os fatos?

Costuma ser mais fácil quando deixamos de ser o personagem principal. Como a maioria de nós é boa em dar conselhos, quando mudamos de posição, acabamos encontrando boas alternativas.

Pode parecer meio louco, mas experimente uma conversa mental com você mesmo. Fale, discute, pergunte, responda, discorde … e chegue a um acordo sobre a melhor maneira de superar seu problema.

2 – NÃO JOGUE SEUS PROBLEMAS NAS COSTAS DOS OUTROS

Assim como você tem seus problemas, os outros também têm os deles, ou seja, não está fácil para ninguém.

Desabafar não é o mesmo que transferir seus problemas. Não cometa o erro de achar que por ter contado suas aflições, as pessoas têm a obrigação de resolvê-las para você. Elas podem tentar ajudar, mas, acredite, não é um problema delas – é seu.

Conversar, trocar ideias é saudável. Quantas vezes você, contando seu drama para alguém, não percebeu que a coisa era mais simples do que parecia? Ou, por conta de uma pergunta de outra pessoa, você conseguiu ligar alguns pontos e encontrar uma saída?

Aproveite suas amizades, mas não transfira para elas seus problemas.

3 – TIRE A NUVEM CARREGADA DA SUA CABEÇA

Quantas vezes, enquanto enfrentava um problema, você não se deu conta de que seus amigos e parentes queridos desapareceram? E logo quando você mais precisava deles. Provavelmente, muitas vezes.

O motivo é simples: sua tempestade. Se você anda com sua nuvem carregada, é natural que as pessoas se afastem.

Em geral elas não se afastam por conta dos seus problemas. Elas se afastam pela forma como você administra a situação (reclamando, lamentando, invejando e criticando).

É possível entender que você tem um problema e o tanto que isso o aflige, contudo, quem aguenta aquele personagem que só diz “óh dia, óh vida, óh azar”?

Vigie sua forma de agir e cuide para não conseguir novos problemas, como perder seus amigos.

4 – FOQUE NA SOLUÇÃO (E NÃO NO PROBLEMA)

Qual o seu problema? Está desempregado? Está doente? E qual é a solução para esse problema? Arrumar um emprego? Saúde?

Mude seu mapa mental. Ao invés de focar no desemprego, foque no que é a solução: um novo emprego. E a partir desse entendimento, visualize tudo que deseja. Imagine as etapas até uma nova contratação: candidatura, testes, entrevistas, entrega de documentos, primeiro dia…

Pode ser que você esteja pensando que não é fácil fazer isso ou até mesmo que é tolice. Mas convenhamos que você já faz isso para a parte ruim, não faz? Consegue imaginar o que acontecerá se não se recolocar rapidamente, nas contas, nos transtornos familiares … Minha proposta é que mude e visualize o que deseja!

Não custa nada e o que acontece pensando nas coisas ruins você já sabe, então, tente agora pensar nas coisas boas e surpreenda-se.

Opa, opa. Nem me venha com essa de que eu não sei o que é desemprego, ou o que é um problema grave de saúde. Não estou dizendo para você ignorar o problema. Estou apenas te convidando a encará-lo de uma nova maneira. Um jeito que, se não resolver seu problema, também não irá agravá-lo ainda mais.


 

E agora

E AGORA?

Pare por alguns instantes e reflita sobre o que está enfrentando e o que pode ser feito. Identifique também o que te motiva e pode te apoiar nesse processo.

Algumas batalhas são mais simples, outras mais longas e sofridas, mas todas exigirão de você força para continuar. Li uma vez uma frase que dizia “Se desanimar, descanse, mas não desista”, então, faça pausas, mas não desista.


 

pense diferente

different

 

Maria queria dirigir, mas não dirige. João queria palestrar, mas não palestra. Joana queria costurar, mas não costura.

Dirigir é tudo que a Maria quer, mas ela pensa nos acidentes na rodovia e nos caminhões. Palestrar é uma vontade grande do João, mas ele só pensa em gaguejar, ficar sem voz, esquecer o texto ou falar alguma besteira. A Joana imagina os tecidos difíceis de costurar, o ponto errado e as críticas às suas criações.

Curioso é que a Maria nunca dirigiu,  João nunca palestrou e a Joana também não costurou.

A Maria, o João e a Joana querem, mas não fazem. Ficam presos em suas assustadoras ideias sobre tudo que pode acontecer de errado. E se o carro enguiçar naquela avenida movimentada? E se me fizerem uma pergunta que não sei a resposta? E se a gola da camisa ficar torta?

Que tal se eles focassem no que querem, no que desejam? E se a Maria se imaginasse dirigindo por uma linda estrada, num dia ensolarado? A sensação seria melhor ou pior que a do caminhão na rodovia? E se o João visualizasse os aplausos ao final de suas apresentações?  Seria mais agradável que a ideia de perder a voz? E se a Joana pensasse na sua criação exposta vitrine de uma loja? Curtiria mais do que o medo da gola torta da camisa?

Nossos personagens tem mais chances de realizar seus desejos empolgados com o sucesso ou temendo o fracasso?

E você? O que quer realizar? Como estão seus pensamentos? Ajuste o foco. Pense no que você quer e faça acontecer.

A insegurança, o medo, fazem parte e nos protegem, contudo, não devem nos imobilizar. Com a prática você se aperfeiçoa e conquista a confiança que deseja.

Enfrentando o trânsito a Maria vai melhorando e se sentindo mais tranquila na direção. Palestrando em diversas oportunidades o João melhora suas técnicas de apresentação, conquistando novos projetos. Costurando a Joana aprimora sua habilidade com os tecidos e a máquina de costura, apresentando novas peças.

Você pode! Comece já.

tic tac

tictac

 


Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado

Assim como na  música de Vinícius de Moraes, O Relógio, o tempo passa, e bem depressa. E isso deixa a maioria dos profissionais com a sensação de que não conseguem fazer nada, que falta tempo, que as horas não são suficientes. Ainda pior é quando, com esse sentimento, muitos acabam não fazendo nada, perdidos na montanha de itens que precisam ser executados. Gastam mais tempo e energia olhando para o relógio do que realizando suas tarefas.

Se é certo que o tempo passa, que não atrasa e que a maioria está cansada, como fazer tudo que precisa ser feito? Como cumprir agendas? Em resumo, como administrar o tempo?

Entendo que aí ocorre o primeiro e grande equívoco. Não vamos administrar o tempo e sim o que precisamos realizar. Para “fazer caber” precisamos dividir o que é urgente, o que é necessário e o que é queremos fazer. Na primeira categoria, temos o que, se não fizermos agora, ou não adiantará mais, ou trará consequências que não desejamos. Por exemplo, fazer uma prova, pagar uma conta que vence hoje ou solicitar algo que o prazo para tal se expire. Na lista do que é necessário, temos as atividades que precisam ser realizadas hoje, mas podem ser acomodadas ao longo do dia pois não tem, como no caso dos urgentes, limite de horário. Aqui se enquadram estudar um determinado assunto, lavar o carro ou anotar a lista do mercado. Por fim, a parte do que queremos fazer, mas se não fizermos, não haverá problemas. Imagine coisas como assistir a um filme ou terminar um livro. Ainda que seja difícil controlar a ansiedade, se não fizer hoje, pode fazer amanhã, ou depois, ou depois.

E agora entramos na questão sobre como priorizar. Não sabe priorizar? Ora, não dificulte, comece usando a referência acima. Organize as atividades ao longo do dia conforme suas particularidades. O que tem horário específico, o que precisa ser feito no dia, mas sem limitador de horário e o que é bom que seja feito no dia (se couber). E como diz minha esposa, “primeiro as obrigações, depois o lazer” – não altere essa ordem, pois aqui a ordem dos fatores altera sim o produto.

Esteja preparado, vai sobrar tempo! Vai rolar até uma preocupação sobre se você está à toa. Mas calma, isso acontece na hora que você consegue se organizar. Logo, você continua com o planejamento e ocupará o tempo com atividades que agilizarão sua rotina e também que trarão uma maior e melhor qualidade de vida. SIM !!!! Você precisa de um tempo para cuidar de você, para se divertir e relaxar. Esse bem estar permitirá a você seguir com suas responsabilidades com mais tranquilidade – teremos um equilíbrio.

Por fim, contar com a memória agora pode colocar tudo a perder. Ao menos nesse começo, utilize uma agenda para listar suas tarefas.

Você precisa planejar, programar e ter muita disciplina para cumprir e realizar ! Foco e sucesso na execução ! 

Ajustando o Foco

Dia desses assisti a uma palestra. Tinha muito interesse no assunto, o palestrante dominava bem a questão e conseguia passar o conteúdo de uma forma bem agradável.

Ocorre que passado algum tempo do início da palestra percebi que ele cometia diversos erros de português e passei a quase que contar todas as falhas que ele pronunciava.
Não pense que sou nenhum mestre da Língua Portuguesa, mas no que se apresentava, conseguia identificar com facilidade.
A palestra acabou e conversando com algumas pessoas sobre o tema abordado é que me dei conta de que não tinha aproveitado nada. Todos muito entusiasmados com as falas do palestrante e eu, só tinha para refletir, os erros.
Foi então que me dei conta de que estava focando apenas os erros e estava perdendo o melhor: a experiência do apresentador. Fui àquela palestra para aprender mais sobre determinado assunto e não sobre gramática.
De que me serviu essa minha postura? Para sair pensando que falo português melhor que ele ou que ele conseguiu ofender a gramática 17 vezes em duas horas? E quanto ao tema que perdi quase que por completo?
Lamentável, mas aprendi a lição de que precisamos saber onde colocar o foco. O que pretendemos de cada experiência nossa. Muitas vezes grandes lições estão com pessoas que não acreditamos ou até mesmo que não toleramos.
Não podemos rotular as pessoas. Mesmo pessoas chatas, prolixas, arrogantes podem nos passar experiências fantásticas. A nós, resta separar o que interessa e o que não nos interessa naquele momento.
Vale destacar aqui o “naquele momento”. Pois evoluímos, mudamos, alteramos nossa forma de pensar e o que valia ontem, já não vale mais hoje e o que ontem não fazia sentido, hoje é a grande chave do sucesso.
Foco! Você precisa saber o que quer e quando quer. A partir daí, é aproveitar ao máximo cada oportunidade, cada experiência.