transformação

mudanca

Marina acordou desmotivada. Está chateada com a vida. Trabalha com o que gosta, mas não gosta de com quem trabalha. Gosta das coisas que não tem e esquece do que tem. Todo dia ela tenta fazer algo diferente, mas faz tudo sempre igual. Como na música, ela acorda todo dia às 6 horas da manhã, mas nada de sorriso. Faz tudo mecanicamente. Se levanta, se arruma, come algo, pega o carro, enfrenta o trânsito, trabalha, volta para o trânsito, chega em casa cansada e se prepara para dormir e repetir tudo amanhã. E assim vai (sobre)vivendo.

Conhece alguém como a Marina? Ficou cansado só de ler a nada mole vida da Marina?

Por um acaso, deu uma vontade de dar uma sacudida na Marina e ajudá-la a melhorar tudo isso? Espero que sim, afinal, é bom estar próximo de pessoas que estão bem, que se sentem felizes e realizadas pessoal e profissionalmente.

O que podemos fazer pela Marina? Podemos fazer perguntas. Não qualquer pergunta. Perguntas que a façam pensar na sua vida atual e na vida desejada. Perguntas que a façam entender o que ela ganha e perde agindo como faz agora. Podemos provocá-la com perguntas desafiadoras do tipo “o que de pior poderia te acontecer se você conseguisse agir como imagina e deseja?”

Pensando que a Marina está numa fase complicada, sugerir coisas, dar palpites ou até mesmo ordens não ajudará muito. Ela ficará mais confusa e provavelmente não se movimentará em nenhuma direção. O que ela precisa é de fato despertar de seus medos e crenças e encontrar suas fortalezas. Será importante para ela reconhecer seu potencial, sua coragem e garra e como utilizar tudo isso para conquistar seus objetivos. Por isso é tão importante que façamos perguntas para que ela crie suas receitas de sucesso. Pouco produtivo será entregar receitas prontas. Essas receitas podem ser perfeitas para muita gente, mas não necessariamente para a Marina e, se for o caso, apenas a Marina saberá se serve ou não.

trabalho ou amizade

Ainda me surpreendo com a quantidade de pessoas que acreditam que local de trabalho é palco de amizade e relacionamento pessoal. São pessoas que fazem tudo (e esperam tudo) na base da amizade.

A coisa funciona mais ou menos assim: se você é meu amigo ou nos relacionamos bem, trocamos favores e gentilezas. Do contrário, as atividades necessárias para o trabalho do dia-a-dia são embaladas pela pior das piores burocracias.

Que fique claro que eu não sou contra a amizades que se formam no meio corporativo, afinal, pelo tempo que passamos nas empresas, nada mais justo e simpático. Minha referência aqui é sobre a inversão das relações, quando a amizade sobrepõe o trabalho.

Você com certeza já figurou alguma situação onde a relação pessoal tenta se impor. Momentos em que equipes se formam por afinidades e não por competências. Onde, em reuniões importantes, os apoios são de amizade e não de interesses comuns.

Para os foliões da amizade, nem tudo está perdido. Salve o horário de almoço, os churrascos de fim de semana e os encontros de happy hour. E por fim, as tão importantes  e famosas festas de confraternização.

Vale a busca pela valorização da competências, pela força das funções. Que se respeitem as especializações. Que se escute o conhecimento profundo. O estudo verdadeiro e cuidadoso.

Que as amizades sirvam sim, para tornar o ambiente agradável.

Bom trabalho meus amigos …