cara a cara com o feedback

cara a cara com o feedbak

E o tal do feedback continua assombrando muita gente. Muitos dizem que se preparam, entendem o que precisa ser dito e até conhecem as orientações de falar de fatos e não percepções, de marcar um horário específico e de realizar num ambiente tranquilo sem interrupções, mas, ainda assim, na hora H não conseguem realizar um bom feedback.

Alguns se dizem intimidados e até inseguros na hora de falar o que precisa ser dito. Uma pessoa chegou a comentar que na hora o nervosismo é tanto que parece até faltar a voz.

Penso que duas podem ser as causas: não se preparar adequadamente ou falta de prática. Ambas podem ser solucionadas, mas exigirá dedicação maior a esse processo.

Sendo falta de prática, qual a solução? Praticar! Sim, apenas isso. Praticar, praticar e praticar. Provavelmente as primeiras não sairão como gostaria, mas com o tempo você conquistará mais experiência e, automaticamente, a segurança aumentará.

Já, se estamos falando de despreparo, há muito dever de casa para ser feito.

Que tal uma revisão?

Primeiro, selecionar as pessoas que receberão seu feedback, depois, relacionar os itens que serão abordados. Logo, distribuir as pessoas em sua agenda, reservando mais ou menos tempo conforme a complexidade dos assuntos. Você já sabe, mas não custa lembrar: feedback é individual; com hora marcada; sem interrupções; é uma via de mão dupla; baseia-se em fatos e dados.

Detalhando mais a etapa de relacionar os itens que serão abordados, é importante que selecione fatos que estejam impactando positiva ou negativamente nas rotinas. Tenha o cuidado para não falar de coisas sem importância, que foram pontuais e sem qualquer reflexo no trabalho. Como roteiro, utilize o F.I.M. – Fato, Impacto e Melhoria.

Isso feito, considere os assuntos e quem receberá o feedback. Tem gente que tem mais facilidade para receber feedbacks e outros, mais polêmicos, exigem maior tempo. Ainda que isso seja muito pessoal, sugiro começar pelos mais fáceis. Explico: você não se desgastará logo nos primeiros feedbacks.

Independente do perfil de cada um, todos devem e merecem receber um feedback de qualidade. E é sua obrigação garantir isso. Não delegue essa responsabilidade.

E qual a melhor forma de falar? Vai depender do interlocutor. É importante que você considere o estilo de cada um. Alguns preferem de forma bem direta, outros de forma mais lúdica, uns por exemplos, outros por detalhes. O que não pode faltar é respeito e ética.

E o que falar? Dos fatos, dos impactos causados e uma proposta de melhoria (ou manutenção). Mostre os fatos e conduza para que o ouvinte conclua os impactos. Faça-o participar das conclusões. É uma conversa e não um monólogo ou discurso. Fale, escute, discuta, proponha, reflita. Quanto mais dedicados estiverem a esse processo, mais produtivo será.

Vale destacar que o feedback não é punição. É um alinhamento do que precisa ser feito frente ao que está sendo feito. E como diria um certo deputado, “estando bom para ambas as partes” todos saem ganhando.

pare de mimimi

keep calm e pare de mimimi


Só eu faço! Aqui é assim. Todo mundo tem suas obrigações e ninguém faz, e ninguém cobra. Eu fico atolado de coisas. Somente eu dou conta das atividades. Faço tudo e mais um pouco.

Isso você também, se não disse, já ouviu, não é mesmo?

Se isso não foi um desabafo em casa ou numa mesa de bar, diz para todos que você é uma pessoa chata e que tem uma nuvem preta sobre sua cabeça. Isso é improdutivo. Portanto, Keep Calm e para de mi-mi-mi.

Antes de qualquer coisa, o que é sua obrigação, o que foi delegado a você é sua responsabilidade e ponto final. Não tem relação com o que os outros fazem ou deixam de fazer. Se você controla, garante os prazos, cumpre os acordos, ótimo, é exatamente o que se espera de você.

A coisa mais importante agora é tirar os “outros” da discussão e concentrar o assunto apenas em você.

Se entender que está sobrecarregado, que desenvolve atividades acima de suas possibilidades e competências, se os prazos e metas são inviáveis você precisa dialogar. Sim, dialogar. E não, não fofocar com todos da empresa e vizinhança. Converse com seu gestor e negocie com ele. Avalie todos os pontos e tracem novas diretrizes.

Essa será uma atitude produtiva, de quem quer resolver, solucionar. O que estava acontecendo era chato, improdutivo, mesquinho e até mesmo infantil. Prejudica sua imagem e dificulta seu crescimento profissional.

Passe a falar de você, sobre você e dê aos demais a oportunidade de ver o quanto você é interessante e inteligente.

Haja com positividade e proatividade. E tenha muito sucesso.

compromisso e responsabilidade

Compromisso e responsabilidade. Essas duas palavras têm grande valor para mim. Desde pequeno fui incentivado a honrar meus compromissos e a ser uma pessoa responsável.

Confesso que nunca parei para pensar no que exatamente significavam essas duas palavras visto que elas sempre fizeram parte da minha rotina. Mesmo na minha juventude, nos momentos de rebeldia, sabia exatamente a falta grave que estava cometendo quando não era responsável e me preocupava com as possíveis conseqüências.

Hoje me preocupa muito o que vejo por ai. Pessoas que buscam emprego e não têm compromisso algum com a empresa. Exigem pagamento, benefícios, horas extras e todos os direitos, mas se recusam a oferecer trabalho em troca. Se dizem conscientes de seus direitos, mas demonstram ignorar totalmente seus deveres.

No segmento de callcenter visualizamos esse mau comportamento profissional com mais facilidade. Jovens, em sua maioria, que querem trabalhar, mas desde que não seja nos finais de semana de sol, desde que não seja no carnaval, desde que não seja no dia da grande festa … desde que … uma lista infinita.

Não pensem que desconheço as variáveis de idade, juventude, gerações X e Y, etc. Pondero tudo e mesmo assim, sinto falta da responsabilidade e do compromisso.

Refletindo e ampliando o tema, lembrei de um documentário exibido na TV sobre a triste realidade dos professores desse país, que são agredidos, em todos os sentidos, por seus alunos e respectivos pais.

E outro problema: os mais novos não têm mais respeito pelos idosos. Não cedem seus assentos, não deixam passar à frente. E para que os mais “cansados” pudessem ter atendimento prioritário, precisamos que um ato de educação e cidadania fosse transformado em lei.

E a roda vai girando. As coisas piorando.

Ser moderno e atualizado não desabilita a necessidade de sermos pontuais. Fazer mil coisas ao mesmo tempo não nos autoriza a sermos desatentos. Ambição não permite falta de ética.

Tenho a crença de que valores e princípios não são negociáveis.

Precisamos, com urgência, mudar esse rumo que tenta ser natural.

Para concluir, faço um pedido a você: observe as pessoas a seu redor. Faça sua avaliação. Suas equipes são responsáveis? Seus gestores honram seus compromissos? Seus filhos entendem as consequências de seus atos? E seus alunos? Professores? E como sua empresa trata seus Clientes?